domingo, 18 de novembro de 2007

"A Física no Dia-a-Dia"


Título: A Física no Dia-a-Dia
Autor: Rómulo de Carvalho
Editor: Relógio D`Água Editores
ISBN-972-708-279-3

Professora Joana Silva

Física no dia-a-dia (reedição de Física para o Povo de 1968) não é um típico livro de divulgação, é um livro para "leigos", para ir lendo, aprendendo e partilhando, de preferência em família ou com amigos, onde o autor, com a participação activa do leitor, vai desvendando alguns dos "mistérios" que fazem o nosso quotidiano.
Este livro não contempla as tecnologias ditas "modernas" (à época), por, no dizer do autor, " (...) julgo que seria exactamente sobre coisas como essas que o meu amigo preferiria que eu lhe tivesse falado, explicando-lhe por que é que o rádio toca, por que é que o tubo de luz fluorescente se acende sem filamento, por que é que o foguetão sobe, fica no ar e não cai, etc., etc. Nem o meu amigo supõe como seria difícil, quase impossível, fazer-lhe entender a razão do funcionamento de qualquer dessas coisas. (...) Teria sido necessário frequentar escolas, estudar as ciências, ler bastante, para se encontrar em condições de compreender as explicações que lhe desse."

O Dia Nacional da Cultura Científica, 24 de Novembro, foi instituído para comemorar o nascimento de Rómulo de Carvalho e divulgar o seu trabalho na promoção da cultura científica e no ensino da ciência. Foi professor (e divulgador) de Física, de alunos e professores, no Liceu Pedro Nunes, e também historiador das Ciências.
Notável o seu trabalho de catalogação de instrumentos levado a cabo no Museu de Física da Universidade de Coimbra, que possui uma valiosa colecção de instrumentos científicos e didácticos de Física dos séculos XVIII e XIX. O espólio do Museu é exclusivamente constituído por instrumentos utilizados no Gabinete de Física Experimental da Universidade de Coimbra desde a sua origem em 1772.
Pelas suas características, esta colecção de instrumentos de Física é uma das mais notáveis e raras no mundo. Os instrumentos do século XVIII, que deram origem a um dos mais completos Gabinetes para o estudo da Física Experimental, são hoje considerados verdadeiras obras de arte. Os instrumentos do século XIX são bem representativos do desenvolvimento da Física Experimental.
O professor Rómulo de Carvalho tem no poeta António Gedeão um heterónimo consagrado como poeta audacioso, autor da Pedra Filosofal, Poema para Galileu, Lágrima de preta, e tantos, tantos outros!

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